Texto escrito há muito tempo atrás

Esse relato foi escrito a algum tempo, numa época em que se tornava insuportável não ter ninguém ao seu nível de entendimento para ouvir o que eu tinha a dizer.

Mas assim como do nada, veio a vontade de escrever e saiu um desabafo, detalhe que ele estava em um celular:



Não sei como exatamente a minha vida resolveu se enrolar tanto assim, com tantas ações minhas fora do normal. O que é normal? Agir baseado na perspectiva aceitável da sociedade?
Ou simplesmente viver para os outros?
Pensando melhor, se tivesse agido de forma que todos gostassem, todas as minhas experiências seriam diferentes...

Ora pra quem me conhece agora toda essa besteira que escrevi não poderia ter saído da minha boca. Por que para eles não passo de um palhaço idiota.

Deslize meu agora, não deveria ter deixado meu eu social interferir no meu relato, mas, até quando a face criada passa a ser a face real, quando o que realmente sou se choca com o que pensam que sou?
Sempre pensei que enquanto fizesse as pessoas rirem, me adaptaria em qualquer lugar e em qualquer tempo, mas isso se desgasta, e quando você usa sua energia para agradar as outras pessoas, essa mesma energia falta quando tem que cuidar da sua família.

Talvez por isso meu irmão me ache um chato, um idiota, um arrogante, frio e “metido a besta”. Há outros “adjetivos”, mas são tantos que nem demorarei aqui.

O mais incrível é que toda a pessoa que conheço que NÃO são meus parentes, me acha um cara legal, doido, engraçado (o que fica com o tempo mais fácil de ser) e até mesmo simpático.

Acho que parentes próximos têm por conhecerem nossas fraquezas nunca dão um segundo julgamento, pois já mudei muito num espaço de alguns anos. E para todos eles (pais, mãe, irmãos, tios e etc.) eu ainda sou um idiota.

“Quando você usa sua energia para agradar as outras pessoas, essa mesma energia falta quando tem que cuidar da sua família.”

Não é uma verdade universal, mas se encaixa no meu caso, como pessoas que partilham do teu sangue não conseguem ter o mínimo de sensibilidade para saber que você é alguém, um ser vivo com possibilidades infinitas no universo? Alguém que um dia pode curar o câncer, ser presidente, acabar com a guerra (ou todo o resto que eu nem ligo)!
Mas não para mim e para outras pessoas, seus parentes ainda acham você apenas mais um, um idiota.

2 comentários:

Rodrigo disse...

De certa forma me identifiquei um monte com o texto, mudando algumas coisas e tals
o.o


Parabéns pelo blog cara, mto bom
xD

Roman Rise disse...

@Rodrigo
Sério mesmo? acho que coisas situações como essa são mais comum do que imagino
vlw mesmo por comentar e volte sempre.

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